terça-feira, 1 de janeiro de 2013



O primeiro dia do ano amanheceu meio sonolento, parecia estar de ressaca... A cidade vazia, as nuvens de chuvisqueiro que ora se transformava em chuva, um friozinho fora de época e vento soprando do Sul.
Nada muito animador para cair na água, mas... :)

Tiane e Tombinho me levaram ao Gasômetro, escolhido como ponto de partida. Já estava tarde, eram quase quatro horas, então a remada não seria muito longa. Imaginei um trajeto seguindo perto da costa até Ipanema, algo em torno de três horas de remada, considerando as condições não muito favoráveis.

 Saindo do Gasômetro

No Gasômetro operários desmontavam a estrutura de um palco usado para os shows da virada e a margem estava repleta de lixo, tanto na grama quanto na beira da água. Na grama, garrafas de bebida quebradas, copos plásticos... na margem do rio, todo o tipo de lixo imaginável... lamentável!

 [Foto de Tiane]

[Foto de Tiane]

Com ondulação e vento contrários, segui para o Sul. Pouco a pouco o Black Jack, caiaque tradicional skin-on-frame propulsionado pelo remo groenlandês, foi deixando o Gasômetro para trás.


[Trajeto e legenda sobre imagem do Google Earth]

[Foto de Tiane]

Pouco antes de passar pelo museu Iberê Camargo, cruzei pelos faroletes que ficam em mangrulhos bem perto da margem, um local por onde passa o canal de navegação.

 Mangrulhos sinalizando o canal de navegação

Mais adiante passei pela área do antigo Estaleiro Só, encontrando um pescador no cais. Ele me advertiu para tomar cuidado, pois dali para frente "a coisa fica feia"...!

Estaleiro Só

Perto do estaleiro fui para a margem no local que servirá como ponto de embarque e desembarque para uma nova estação do catamarã de passageiros. O trapiche fica bem em frente ao Barra Shopping Sul. Ao lado dele parei para retirar a água acumulada no caiaque.

[Trajeto e legenda sobre imagem do Google Earth]

Foi uma parada rápida, logo em seguida eu estava passando pelo Iate Clube Guaíba e pelo Veleiros do Sul.

 Iate Clube Guaíba

 Veleiros do Sul

No Veleiros passei bem ao lado do maxi boat Congere, um veleiro construído para regatas de volta ao mundo que naufragou na costa gaúcha e que foi resgatado e posteriormente restaurado.

Maxi veleiro Congere

Na proa, lááá no horizonte, a Chaminé do Gasômetro.

[Trajeto e legendas sobre imagem do Google Earth]

Construções na beira da água

Após o Veleiros cruzei por uma área onde as construções avançaram rio adentro, praticamente suspensas sobre a água. Em seguida existem os clubes Sava e mais adiante Jangadeiros, que inclusive tem parte de sua sede em uma ilha. No Sava parei novamente para retirar a água acumulada no caiaque e aproveitei para tomar água. Um senhor se aproximou para conversar e expliquei-lhe sobre o caiaque e o remo (que despertou sua curiosidade). Retornando para a remada, mais adiante passei debaixo da ponte que liga a ilha à sede do Jangadeiros no continente.

 Sava

 Pedras

 Jangadeiros



 Passando pela ponte


Depois dos Jangadeiros cruzei pela área mais tumultuada da remada, a Ponta dos Cachimbos. Essa ponta é cheia de pedras aflorando a superfície da água e bem próximo dali existe uma área com maior profundidade, o que propicia condições favoráveis para um aumento no tamanho das ondas. A costa rochosa também contribui para a agitação das águas, tendo em conta a reflexão da ondulação pela margem.

 Pedras



[Trajeto e legendas sobre imagem do Google Earth]

Contornando a Ponta dos Cachimbos, nas proximidades da Raia 1 (guarderia de windsurf) parei novamente na margem para retirar água do caiaque e me hidratar mais um pouco. A partir dali só faltava contornar o Morro do Sabiá e logo em seguida estaria em Ipanema.



 Mais pedras

 Ao longe a Ponta Grossa

 Chegando em Ipanema

Cheguei em Ipanema um pouco antes das sete horas da noite - o que significa dia claro com o horário de Verão. Tiane e Tombinho já estavam a caminho quando telefonei, de modo que nem precisei esperar muito tempo após sair da água. Foi uma bela saída, apesar da sujeira encontrada no caminho; as ondas e o vento contrários serviram para temperar a primeira remada do ano 2013, uma remada com cara de treino.

Nos próximos dias pretendo revisar com bastante atenção o revestimento do caiaque, procurando pontos por onde entra água. Provavelmente aplicarei mais uma demão de tinta a óleo para impermeabilizar o tecido, especialmente nas áreas com mais indícios de abrasão.

Feliz 2013 - Uhúúúúú!!!

Informações disponibilizadas pelo gps:

Distância remada: 16,21 km;
Tempo remado: 2 h 37 min;
Velocidade média: 6,2 km/h;
Velocidade máxima: 10,1 km/h;
Tempo parado: 19 min 7 s;
Velocidade média geral: 5,5 km/h.

 [Trajeto e legendas sobre imagem do Google Earth]

[Trajeto e legendas sobre imagem do Google Earth]